22 de maio de 2009

Psicografar


Queria psicografar, seria mais fácil, não precisaria me expressar
Falar da dificuldade do viver, porque entre o viver e o morrer, existe uma fenda, fenda pequenina, tão pequena que nos meus dias, sentimentos, pensamentos e razão se entrelaçam tanto que me viro do avesso, neste estado, mórbido estou;
Se perde assim, sensações sinceras, deixam de ser sinceras, no momento do entrelaçamento, é o momento que tudo se confunde;
Nesta fenda há também outros, que fazem parte do meu entrelaçar, que na verdade me entrelaço porque deles eu existo, és os espelhos;
Somos uns aos outros, uns com outros;
Nesta fenda o viver e o morrer são tão próximos e tão distantes que me aprisiono de maneira estonteante;
Queria eu psicografar, gravar as memórias num papilo, como hoje as escrevo num papel ...

Um comentário:

  1. Será psicografar um se libertar? Um escrever sincero, uma emoção posta num papel ancestral? Algo que permeia milênios, com um destino tão razoável (uma folha de papiro) de memórias, sonhos tão relevantes!

    ResponderExcluir